Love Me

sábado, 19 de novembro de 2011

O PRONUNCIO DO SILÊNCIO!



Mais um dia que vamos acalmando as tempestades que se revoltam dentro do ser, mostrando-lhe assim a face de divino em nós, a face de Deus que se revela perante os obstáculos que se apresentam nas moradas que habitam no externo do nosso universo.

Enquanto escuto a palavra  que se pronuncia no silêncio do meu ser, revejo o Crísto que brinca com essa mesma  palavra, o verbo, ele brinca como uma criança que chapinha feliz nas poças de água que encontra nos caminhos para a escola, o sorriso dele liberta pequenas vibrações de sons, pequenas gargalhadas envolvem-me a alma desenhada só por si e para si.

E começa a sua conversa dentro de mim, o universo externo desaparece, e onde me encontro já é só a envolvência do todo do seu amor que me preenche o ser, onde deixo de ser eu, onde somos um só. 
É como se um coração gigante pulsasse dentro e fora de mim, assim se eterniza a sua palavra em mim, assim o escuto nesse silêncio que brinca acompanhado pela imagem dessa criança  fabricada pelo mental que não resistiu ao silêncio desta forma pronunciando-se  e assim se faz toda a sua vontade em mim.
Como um coração flamejando um ardente amor doce e quente, sinto-me em casa, assim eu converto  sentimentos e vivências para o intelecto  do cardíaco, deixando o silêncio e quem sabe o egoísmo até de o querer sentir apenas para mim, todas estas vivências que passam pela alma que conhece o amor do Cristo como a maior das dádivas da minha existência.

O amor do Crísto leva-me ao encontro da sua palavra em mim, desta maneira assim me é desvelada como pequenos pergaminhos que se desenrolam em brilhantes imagens do universo e do seu conhecimento repletas de luz de um amor tão grande que se expande por todo o universo, leva-me ao conhecimento da sabedoria do universo, leva-me a sossegar o todo de mim, para que quando a dor já física conhecida dele se revele, a sua mão desça e acalme essa tempestade. Essa mão que tudo cura e tudo acalma, essa mão que tudo sossega e tudo ama, essa mão que me conduz para além de todos os transes que ele decidiu passar, para o resgatar de uma lucidez única, uma verdade imutável  ao estado e luz do ser.

Por esse amor e luz ele me conduz, escuto a sua palavra e nada quero perguntar, quero apenas permanecer, mas ele responde ás questões que inquietam a minha alma sem eu nada dizer.
Assim ele me vai falando de nós humanidade, assim ele me fala sobre Magdalena, sobre o feminino, sobre a mãe que caminha ao lado do seu filho, sobre o filho tornado espírito santo.

E diz-me então... 
E Magdalena, chamais-lhe prostituta, pois que todos os homens que com ela se prostituíram se juntem a ela quando de todos derivarem seus filhos, os filhos desse só estado, esse estado de emoção, essa emoção, essa energia chamada prisão, essa pobreza que dá riqueza material também a eles mesmos, perdendo-se nas malhas que eles próprios rejeitam.
Esse pecado lavado não pelo amor ainda, mas pelo temor de serem julgados e onde todos os que não atiram pedras, as escolhem como morada para justificar a ausência do amor e da compaixão de si,  para justificar a ausência da morada da humanidade que sois. 

Para aquele que busca o pecado, sempre encontrará o pecador, sempre guardará as pedras nos bolsos, assim a viagem do coração ao bolso se faz pela mente e não pelo coração, se faz pelo medo do pecado e não pela felicidade do encontro com o pai, ainda assim pelo seu próprio estado de  ignorância, que essa viagem se faça, para que lhe seja aberta a sua morada e se encontre com a compaixão de si.

Assim o homem brinca jogos de crianças com a cabeça de adulto, com o coração adormecido numa chama moribunda, e onde o jogo quase nunca resulta na verdadeira felicidade de viver.

A criança brinca com as pedras, transforma-as em novas personagens do seu jogo, a criança deseja que Magdalena lhe pegue ao colo, que corra com ela, quer conhecer os filhos da prostituição que fizeram os seus pais sofrer, que revelaram a ausência da humanidade em si.
A criança não julga nem se interessa pelo temor, ela ama o universo e brinca com o universo enquanto o universo se deleita com ela.

Os filhos e filhas das vontades das emoções, não chegam nunca a ser crianças, elas já nascem adultas, elas já nascem a julgar, elas já nascem a desejar, são filhas desses pais, adoram esses Deuses cujo o leite lhes envenena a alma desde que existem.
Deveis entendê-las sem julgá-las, deveis entrega-las a pais adoptivos no qual o seu amor as transcenda para uma nova existência, para que ainda que não nasçam crianças possam vir a sucumbir na inocência da criança.

Eis um novo patamar que espera o homem, onde a vontade humana é sobreposta pela vontade divina, pela realização da alma, pela libertação do espírito.
Eis que o homem não se pode separar mais da sua unidade, eis que as revelações lhe lavam as almas contaminadas pelo abandono e pelo medo constante da morte, como pelo medo constante da vida.

Eis que a minha seiva correrá dentro de cada um, curando e amando cada átomo cada partícula pela qual fostes gerado no amor  do Pai.
Eis que palavras sagradas não são palavras, são portais do teu ser ao meu encontro, ao encontro da tua existência da abundância divina que sois.
Eis que me encontro em ti como tu em mim, e todo o universo "Eu sou", o retorno a casa, o caminho e a vida, a luz e a unidade, o amor e imortalidade que há  em ti.

Então te digo que eu e tu somos um!
Eis que te amo desde que existes e para além da existência que sois!
Esse amor é eterno e por ti vim, por ti permaneço, por ti eu espero, por ti que te amo!
Adonai!

A consciência crística universal una
Eugénia De Almeida


















Sem comentários: