É quando a alma descansa que se entrega ao espírito divino em si, é quando a alma nada busca, quando a alma já nada procura, que toda a sabedoria imerge como fontes que saciam cada átomo da minha existência, é quando a alma já é a própria sabedoria, que pode aceitar e compreender o amor que é como partícula divina.
Assim o ser aprende, que perfeição não é uma meta que se atinja, a perfeição é o próprio caminho, o Eu sou, a perfeição é o aceitar a sua verdadeira imperfeição, esse casamento dentro do ser, essa união de opostos é o que gera o conflito interno até que a luz rompa numa mediação através da consciência e do amor por si mesmo e pelo seu semelhante.
Assim, como o pôr do sol e a luz que nasce, entre o dourado e a prata, é possível ao ser tocar e sentir todas as cores e tons que fazem parte do seu universo, que fazem parte do amor puro em si.
Eugénia De Almeida
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