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sábado, 28 de abril de 2012

O MESTRE DO SER!



Ego deseja mostrar o que sabe, que ele sabe mais e por isso deve evidencia-lo de inúmeras formas para que os outros vejam o que ele sabe, o quanto é inteligente.

Quando uma pessoa aprende algo, a tendência do Ego é achar que descobriu alguma coisa que ninguém ainda sabia, e cai na prepotência de que deve ensinar aos outros o que ouviu, porque a si lhe fez sentido, sem saber o quanto o outro já sabe de verdade.

Quando se entra na senda, aprendemos a silenciar o que sabemos, para que o outro mostre o que na verdade ainda não sabe, mas "ouviu dizer".

"Ouviu dizer", é um termo nada delicado, mas na verdade é o termo certo a ser aplicado.


"Ouviu dizer," porque alguém lhe disse, tomou notas e estudou, falou, mas...


Mas na verdade não viveu isso em si, não é portador dessa chama.

O mestre mostra o caminho, não descreve nem transforma o sentido, o mestre aponta o caminho, a direção.

Mas todo o caminho deve ser tomado, vivido, experienciado, transformado pelo próprio discípulo em primeira mão.

O mestre sabe ainda, que se quiser ensinar algo, o discípulo tem de estar pronto para aprender, e para aprender tem de viver o seu próprio caminho, as suas próprias experiências, construir a sua mestria interna.

O mestre sabe quando o discípulo está pronto, tem compaixão pelo discípulo, o mestre sabe, porque o viveu em cada partícula do seu ser.

O mestre sabe ainda, como se opera cientificamente toda essa transformação, sabe, porque ele foi o seu próprio laboratório de pesquisas, ele foi o seu único patrocinador, sabe, porque foi a experiência e o experimentador e no final descobriu a sua própria cura.

O mestre nunca fala em nome de ninguém que não seja ele mesmo, pode falar ainda, a partir dos seus vários planos de existência mais elevados, mas sendo sempre ele como fonte, transmite a cura a partir das suas próprias experiências, porque pode falar do que sabe, porque pode assim saber o que o outro sabe de verdade, até onde ele já sabe de si.

O verdadeiro mestre, não necessita de publicidade para o seu trabalho, ele não vende ideias, ele transforma e transforma  a partir de um núcleo ainda inalcansável ao ser, e esse trabalho não se opera só no discípulo, mas sobretudo opera-se dentro de si  mesmo.

Um verdadeiro mestre, e note-se, que quando falo em mestre, falo em todo aquele que ousa ensinar ao outro o que quer que seja, ele não vende nada, senão a energia pura que faz acontecer todo o processo é corrompida logo à partida.

Um verdadeiro mestre sabe o principio das leis universais, não as dos homens mas as de todos os universos, e sabe então, que apenas neste sistema deste planeta, o ser vende tudo para a sobrevivência, mais ainda, sobrevive apenas de tudo o que vende.


Então, para que essa transformação aconteça, não pode haver estes condicionamentos, sabendo ainda que as leis universais reclamam na hora certa e são perenes, e que para ser girada a chave que permite a passagem por aquela porta, todo o ser tem de obedecer as estas leis com toda a pureza do seu ser.


A ignorância de um ser que preenche a carência emocional, com o falso conhecimento de um falso mestre, nunca tráz transformação nenhuma, ela apenas transforma seres necessitados e dependentes, em seres fanáticos, ela apenas transfere a carência, a dependência, para a idolatração do falso mestre que existe dentro do seu ser chamado Ego, o que irá ser espelhado no mundo externo na vida do ser, levando-o à ilusão e à corrupção do seu próprio ser e do trabalho do verdadeiro mestre em si.

É no silêncio, que o mestre observa o caminho do seu verdadeiro discípulo, então quando ele está pronto o mestre aparece.

Mas "estar pronto", não é aqui neste plano físico, isso só acontece com os escolhidos para determinados trabalhos específicos.

 "Estar pronto", mas a partir do seu interno, a partir dos seus planos mais elevados, é preciso que o Eu superior do ser esteja pronto para esse novo ciclo, se o ser aqui não aceita o mestre em si, e procura o Ego ainda como mestre, não há problema, porque o trabalho de que falo, dá-se noutro patamar da evolução do ser, nada vai alterar isso, muito menos um falso mestre, ou um falso discípulo.



 O discípulo pode ter um trabalho  a realizar do seu plano superior, com o seu verdadeiro mestre em meia dúzia de encontros, ou até num só e  sem dar  por isso, e depois vir a ter uma experiência religiosa externa ilusória de dezenas de anos, para que  na jornada física se possa dar conta dos dois processos como aprendizado, e assim concluir o seu ciclo mais rápidamente nesta fase desta era planetária.

"Quando o discípulo está pronto o mestre aparece", mas nesta era,  o que mais acontece, é aparecerem os mestres do Ego da humanidade que necessitam ser trabalhados como coletivo, onde tentam mais uma vez, através desse mesmo coletivo e da ignorância espiritual e humana do ser, fabricar mais mestres em produção industrial à escala maior, de preferência até para todo o universo.  

O mestre Ego a ser trabalhado,  procura a necessidade de reconhecimento, ele não se importa com o discípulo, ele importa-se unicamente consigo, este apresenta-se num comportamento de falsa bagagem consciencial, de detentor do conhecimento universal ou espiritual,  ele mune-se de um Staf carente e fanático, uma necessidade fabricada e apadrinhada por uma ilusão da matriz de controlo, para que se desvie o discípulo do seu centro, do seu caminho do encontro com o verdadeiro mestre em si.

Quando o ser está no caminho dele mesmo, ele usa os ensinamentos do seu mestre e pergunta-se:
Qual o exemplo do meu mestre, o que ele faria?
E o mais certo seria o mestre ficar em silêncio e dizer; o quanto as folhas caídas das árvores nos ensinam, sobre geometria, matemática, ciência, politica, poesia e todas as outras disciplinas necessárias ao aprendizado pedagógico da integralidade do ser.

 Mas quando o ser está desviado do seu verdadeiro caminho, ele como o seu falso mestre nunca questiona o que o seu mestre faria, ele começa logo a aconselhar os temas que ouviu numa workshop, num curso ou outro, sem nunca as ter vivido em si, aliás ele é uma cópia arquétipo do seu falso mestre.


Mas o falso mestre,  que aparenta trazer muito conhecimento (agora canaliza-se, o ser já nem precisa de trabalhar em si),  são como as escolas publicas e onde os seus conteúdos programáticos são dados pelo governo.


Será que o governo que decide os conteúdos de um, não decidirá os conteúdos do outro, noutros plano?
Será que tantos mestres, tantas escolas espirituais e místicas, será que já são todos iluminados para canalizarem tantos seres de luz?

O falso mestre, precisa de ser o centro do universo do outro, um verdadeiro mestre mostra ao outro que  ele é o centro do universo, e transforma o seu centro como universo em si e não nos outros.


Quando o universo está pronto o mestre aparece, porque esse universo foi preparado dentro de si, primeiro sendo o seu mestre, e depois...

Depois,  depois sendo o seu único e humilde discípulo.

Para chegares à mestria do teu ser, tens de estar pronto para o mestre verdadeiro que habita em ti!

E isso o verdadeiro mestre sabe e toca-te uma única vez....
Num despertar único com o teu ser.

Muita Paz!


Eugénia De Almeida

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