PARA TI MESMO!

Para ti, sim para ti, tu mesmo! 

A cada um de vós, eu amo-vos com toda minha luz e com todo o meu amor, porque nunca me abandonei, porque nunca vos abandonei, a nenhum de vós.

Nem a um animal sequer, nem um único amigo ou ser, então  digo-te, que não te abandones tu a ti próprio.

Despe-te daquilo que te esconde, despe-te da tua infelicidade, mas ama-te na tua dor, mas ama-te tanto, que a dor em ti sinta o calor da luz no seu envolver abrasador.

Se sofres é porque ainda queres ter amor e não ser amor...

E quem quer "ter "em vez de "ser", nada tem pois o amor só é verdadeiro quando o libertamos em nós, no outro, naquele que de facto amamos.

Não és retribuído? E depois, ama na mesma, continua a amar, não é vergonha amar.

Vergonha? É não amar a nada, nem a ninguém, vergonha é não amarmo-nos nem a nós mesmos.

Se desejas ser amado, então abraça-te, toca-te como gostarias que te fizessem, com toda a pureza do teu ser, e entra em comunhão com a tua luz num abraço profundo, num laço de pacificação e união, com o todo em ti.

Não queiras a escuridão, pois trabalha-se tanto o amor como o desamor, decide e escolhe.

Tudo isso é pura ilusão da matriz.

Amo-te com toda a luz do meu ser, porque me amo, porque escavei um buraco tão profundo dentro do meu ser e encontrei uma nascente.

E encontrei um poço, uma Fonte cheia que me preenche, que me sacio e sacia os que me rodeiam, então não preciso de beber do copo do outro deixando-o à sede.

Porque não abandono ninguém, porque quem AMA não se abandona nem ao seu semelhante.

Porque vive na luz e a luz trabalha-se a toda a hora, realizando-se em nós, estendendo-se ao outro, com uma palavra, com um gesto, é assim que o amor do Pai chega a todos os filhos da sua criação.

Não me podes ter, mas nem eu a mim mesma ou ao outro, mas podes ter a maior das riquezas, a capidade de compreenderes isso, que ninguém é de ninguém e seres livre no amor!
Que esse é de facto o verdadeiro significado de amar, desenvolver a capacidade de libertar quem amamos para a luz, para que possa ir e regressar, se no mesmo amor ele também se encontrar.

E quando sentires a hora de ele partir, se ele tiver de partir? Liberta-o se o amas de verdade, se te amares a ti, se  o amares na pureza do teu ser, sem qualquer desejo de posse ou controlo.

O amor só cresce quando livre, aprisionado vira desrespeito, ego, poder, fontes secas, que se tornam mendigos!

O meu Pai não criou mendigos, mas fontes de riqueza e luz para partilharem, para comungarem numa troca com amor, abrindo o fluxo da luz e amor do divino do ser, para comungarem com sabedoria e respeito por si mesmo e pelo seu semelhante.

Se te digo isto, é porque o faço em mim a toda a hora.

COM TODO AMOR E LUZ!

Muita Paz! 

Eugénia De Almeida