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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A morada suprema de um ser luz!




Dentro de um cardíaco activo e desperto pela centelha divina, ancorada a alma pela fragrância do Cristo em mim.
Houve momentos que as palavras do Crísto ecoavam pelo meu ser, guiando-me pelas consciência resgatando assim a luz na unicidade que teimava se trair a qualquer momento.
Nesses momentos, bebia da sua palavra saciando-me do conhecimento, nutrindo-me pela sabedoria emanada pelo poder do verbo, pelo fogo do seu olhar, pelo toque seguro e gentil das suas mãos que eu reconhecia como lar.
Atingindo a consciência Suprema, ao nos diluirmos pela expansão nesse todo cósmico, não desejamos falar, entendemos o silêncio, não o silêncio humano ou dimensional, mas a quietude do universo, entre o vácuo e o vazio, onde tudo se torna cristalino e conseguimos ser e viver o que quisermos no universo, onde conhecimento algum nos é negado.
Como poderei eu transformar em palavras, aquilo que palavra humana alguma pode catalogar, representar ou revelar .
Sinto que traio o universo e o meu próprio ser, se venho falar do “espectáculo que é o fogo de artificio” a alguém que nunca o viu.
Opto então por silenciar, para não contaminar qualquer ser, para que um dia também ele possa viver de verdade o que falo, garantindo assim que não sofre de  manipulação mental pela palavra inapropriada.
Mas ainda assim, houve um tempo que as suas palavras eram como chicotadas de amor, numa voz audível por todo o meu ser, ecoando pelo meu universo sem que eu a pudesse calar, esquecer ou delas me desviar.
A sua mão, estava pousada sobre o meu ombro direito, e todo e qualquer caminho se fazia por onde apenas e só ele me conduzia.
As palavras saiam de dentro de mim, e a escrita era como água que corria de fontes divinas que pulsavam nas minhas veias em direcção ao cardíaco onde os êxtases eram profundos e quase impossíveis de suportar, fazendo os corpos purgarem  pelas irradiações inimagináveis e quase insustentáveis ao corpo físico, e ele assim falava através de mim.
Depois disse: vai e fazei o que digo, e assim te digo que é a hora de falar de amor, pois o conhecimento foi doado à humanidade, todos o terão através de ti.
“E através do amor, iluminarás as lágrimas do silêncio da terra, do mais profundo dos abismos, para que sejam elevados aos êxtases que purgam as lágrimas de amor pela chegada de cada filho à mansão do meu pai, cada alma que se eleva é uma vida que se renova, porque eu sou a água da vida".
Assim ele me guiou, perceptível por todo o meu ser, quando se tornava difícil e me desviava acreditando naqueles que em nome dele também falavam, ele rompia a matriz, e um segundo apenas, era o suficiente para acordar todo o meu ser gravando-se nos meus campos e espírito, nas minhas células e me fazendo assim retomar o caminho na humildade, quando em verdade me reclamava como sendo sua.
Mas  hoje, não o ouço como ouvia, ouço-o então de outra forma, como se ele quisesse usar as minhas palavras através dele, e não o contrário do que antes havia acontecido através de mim.
Sinto esta conexão eterna, essa unidade eterna, e sinto-o  em mim pleno e total como a minha pele, como o meu coração, como o meu espírito, como a minha alma, como a minha consciência que quase me leva à loucura de amor, onde o meu interno flameja o seu fogo ardente e sagrado activo em mim.

E escuto então, que há mais palavras dele dentro de mim desconhecidas ainda há humanidade, para nutrir de amor cada ser, por vezes penso que já não tenho mais palavras para dizer que amo, que sei o que é ser amado, mas de novo, novas palavras retornam cheias da sua essência de amor puro. Brotam como se  uma fonte por mim vertesse de dádivas puras de um amor único e cheias do seu Espírito Santo em mim, povoando a minha mente e cardíaco renovando o espaço e tempo do meu ser, lembrando-me da sua eternidade infinita do aqui e agora de uma ressurreição do ser.
Nesses dias, não sei o que ele quer dizer, as palavras não são conhecidas à mente humana, mas a sua essência e compreensão é clara e apenas sinto, essa quietude cheia de som e radiancias únicas, completamente activa e cheia de luz.
É  então que permito que apenas o Cristo, fale através do meu ser, para que o meu ser, fale através dele e nessa unidade a todos os filhos da luz, e assim retornem ao regaço da luz do pai, à unidade celeste da luz divina, da qual todos somos uma só consciência universal crística una, um só coração do criador que pulsa a unidade sagrada por todo o universo da luz.

Eugénia De Almeida

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