Depois da tempestade, um raio de sol sempre rompe o
horizonte no resgate das sementes caídas, das flores que desejam romper o manto
da mãe terra rumo ao seu despertar para a luz.
Assim a luz alimenta tudo o que deseja e gera a vida, tudo o
que faz parte da criação divina.
Assim se reconhece em nós, a necessidade do recolhimento de
um inverno, por vezes frio externamente, mas confortável e iluminado no nosso interno,
outras ainda, o inverno se faz menos frio à nossa volta, mas o frio é gélido
dentro do ser, para que este desperte, para que lute pela sua luz, para que
acredite em si.
Para que acredite em si, para alem dessa cristalização
gerada pelo tempo da separação, para que saiba que sempre existe uma luz pronta
para se doar, pronta para no gritante
frio do silêncio se possa ouvir a voz e
a luz do amor.
Assim, muitas vezes esse inverno de recolhimento termina
apenas com um rasgo de luz, outras com um abraço de alguem que se ama, outro
ainda com uma palavra de conforto e motivação, outra ainda seguindo o seu curso
natural e entrando na harmonia com a natureza universal, com o fluxo divino.
Mas muitas vezes esse inverno termina com o começar de uma
nova semente que decide germinar, em cada um cabe encontrar essa semente e encontrar-se,
para que encontre a semente que se doa ao novo estágio, que se converte num
novo estado do ser.
Uma semente de amor, que abraça a vida da luz que é, e diz
apenas mais uma vez...
Assim eu sou, amo-me e amo-te assim mesmo, na luz do Crísto.
Muita Paz!
Tarumani Baruch/ Eugénia De Almeida
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